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Genética pode contribuir para doenças bucais

Quando o assunto é genética, todo mundo sabe que os filhos herdam de seus pais o tipo sanguíneo e as características físicas, certo? Pois também há casos em que podem herdar doenças, como a hemofilia, alguns tipos de câncer, depressão, diabetes, cardiopatias, entre outras. E mais do que isso: podem herdar doenças bucais. É o que afirma o coordenador da APCD-IESP (Instituição de Ensino Superior e Pesquisa da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), Artur Cerri.

“Ainda que os hábitos das novas gerações sejam melhores em função da oferta de informação que temos hoje em dia, é comum ver jovens enfrentando os mesmos problemas que seus pais enfrentaram alguns anos atrás. Isso é especialmente comum no que se refere a cinco problemas de saúde oral: desalinhamento dos dentes, gengivite, cárie, câncer bucal e fenda palatina”, diz o cirurgião-dentista.

Segundo Cerri, a fenda palatina, mais conhecida como lábio leporino, é um defeito congênito comum. Ele também afirma que, ao contrário do que muitos pensam, a cárie e a gengivite também têm forte influência genética. “Pessoas que durante a adolescência e início da fase adulta enfrentaram muitos casos de cárie devem cuidar para que seus filhos recebam cuidados especiais desde cedo, como selantes e tratamentos à base de flúor.”

O desalinhamento dos dentes também pode ser herdado de um dos pais. “A genética sem dúvida exerce um papel importante na formação dos dentes, em seu tamanho, espaçamento e disposição. Portanto, se um dos pais teve de corrigir uma mordida cruzada, por exemplo, não deve se espantar se seu filho apresentar a mesma tendência”, diz o especialista.

Por fim, o câncer bucal deve acender um sinal de alerta em toda a família. “É claro que os maus hábitos de uma pessoa, como fumar e consumir álcool em demasia, são os principais culpados pelo diagnóstico de câncer oral. Entretanto, a genética também exerce alguma influência”, afirma.

Por isso, é importante frequentar regularmente um cirurgião-dentista e se submeter a um checkup odontológico de seis em seis meses. “A prevenção, nesse caso, é a palavra-chave para garantir uma vida saudável”, orienta o especialista.

 

 

Fonte: Aqui tem Sorriso

 

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